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O cérebro humano possui uma capacidade notável de se adaptar e reaprender movimentos, um fenômeno conhecido como ‘savings’ ou economia no reaprendizado. Esse processo se refere à habilidade de reaprender um movimento previamente experimentado de forma mais rápida e eficiente. Uma teoria sugere que o cérebro reconhece erros passados, permitindo um aprendizado mais eficiente a partir deles. Se essa teoria estiver correta, a resposta neural aos erros deveria ser modificada durante a reexposição à perturbação do movimento.

Uma pesquisa recente investigou essa hipótese utilizando ressonância magnética funcional (fMRI) para medir a atividade cerebral de participantes enquanto eles se adaptavam a uma perturbação visuomotora em duas sessões separadas por um dia. O estudo se concentrou nas respostas neurais aos erros de movimento, incorporando a magnitude do erro em diferentes modelos lineares generalizados (GLMs) para analisar a ativação relacionada ao erro e a co-ativação, também conhecida como conectividade funcional. Os resultados revelaram uma rede cerebelo-tálamo-cortical envolvida no processamento de erros de movimento durante a adaptação.

Os pesquisadores observaram um fortalecimento da conectividade dentro dessa rede durante a readaptação, particularmente entre o lóbulo VI do cerebelo e o tálamo ventrolateral, bem como entre o córtex somatossensorial primário e a zona motora cingulada rostral. Notavelmente, os participantes que apresentaram os maiores aumentos na força da conectividade também demonstraram os maiores níveis de ‘savings’. Esses achados estabelecem uma ligação crucial entre a capacidade do cérebro de representar erros e o fenômeno do reaprendizado motor, abrindo novas perspectivas sobre como otimizar a reabilitação e o treinamento motor. Em outras palavras, fortalecer as conexões cerebrais responsáveis pelo processamento de erros pode levar a um reaprendizado mais rápido e eficaz de habilidades motoras.

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