Atividade e Mobilidade Hospitalar: Impacto no Bem-Estar e Recuperação
Um estudo recente investigou como a atividade diária e a mobilidade de pacientes mudam durante a internação hospitalar e como essas mudanças se relacionam com os resultados de saúde, como a necessidade de institucionalização e a sobrevida. A pesquisa acompanhou pacientes adultos internados em enfermarias de medicina interna geral em um hospital universitário suíço, com uma expectativa de internação de pelo menos cinco dias.
Os resultados mostraram que a atividade diária, medida por acelerômetros, e a mobilidade, avaliada pelo índice de mobilidade de De Morton, apresentaram mudanças significativas durante a hospitalização. A atividade diária aumentou em uma parcela dos pacientes entre a admissão e a alta, e uma melhora na mobilidade foi observada em mais da metade dos participantes. No entanto, a análise longitudinal revelou um padrão preocupante: a mobilidade tende a melhorar principalmente na primeira semana de internação, mas depois estagna ou até declina, especialmente entre os pacientes mais idosos. Esse platô na mobilidade após uma semana sugere uma janela crítica para intervenções direcionadas.
A pesquisa destaca a importância de monitorar e promover a atividade diária e a mobilidade durante a internação hospitalar, especialmente em pacientes idosos com estadias prolongadas. A promoção da atividade física e da mobilidade precoce pode ajudar a melhorar os resultados de saúde, como aumentar a probabilidade de o paciente retornar ao seu domicílio após a alta. A intervenção precoce, dentro da primeira semana de internação, parece ser crucial para evitar o declínio da mobilidade e otimizar a recuperação do paciente. Estratégias personalizadas para manter ou melhorar a mobilidade durante a hospitalização podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e na independência dos pacientes após a alta.
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