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A coexistência de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e epilepsia é uma condição comum, apresentando desafios significativos no tratamento. Para indivíduos com epilepsia resistente a medicamentos, a cirurgia surge como uma opção terapêutica viável. No entanto, os resultados de intervenções cirúrgicas em pacientes com TEA e epilepsia têm sido variáveis, gerando a necessidade de uma avaliação mais aprofundada.

Uma revisão sistemática e meta-análise abrangente analisou dados de 46 estudos, envolvendo 325 pacientes com TEA e epilepsia, para investigar os resultados de diferentes abordagens cirúrgicas. As cirurgias foram categorizadas em ressecções (remoção de tecido cerebral), neuromodulação (estimulação do nervo vago, neuroestimulação responsiva e estimulação cerebral profunda) e outros procedimentos paliativos. Os resultados revelaram que as ressecções proporcionaram ausência de crises em 54% dos pacientes, enquanto a neuromodulação resultou em uma redução superior a 80% nas crises em 33,5% dos casos.

Além disso, o estudo identificou fatores que influenciam o sucesso da cirurgia. Pacientes com anormalidades detectáveis por ressonância magnética (RM) apresentaram maior probabilidade de ficar livres de crises após a cirurgia. A localização da cirurgia também se mostrou relevante, com ressecções temporais apresentando taxas mais elevadas de ausência de crises em comparação com ressecções extratemporais. Um aspecto crucial a ser destacado é que a maioria dos pacientes relatou melhora nos resultados neuropsiquiátricos e na qualidade de vida após a intervenção cirúrgica. Este estudo representa a análise mais completa até o momento sobre cirurgia de epilepsia em pacientes com TEA, oferecendo informações valiosas para otimizar o tratamento e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.

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