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O aprendizado digital baseado em problemas (DPBL, na sigla em inglês) tem se tornado uma ferramenta cada vez mais comum no ensino médico, visando o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos essenciais para futuros profissionais da área. No entanto, a satisfação e o engajamento dos estudantes com essa modalidade de ensino ainda carecem de uma compreensão mais aprofundada. Uma revisão sistemática recente, utilizando uma abordagem mista de métodos, buscou examinar as percepções e experiências de estudantes de medicina em relação ao DPBL.

A pesquisa, que analisou tanto dados quantitativos quanto qualitativos, revelou uma avaliação geral positiva do DPBL por parte dos estudantes. A taxa de satisfação quantitativa ficou em torno de 78,51% em 20 estudos analisados. No âmbito qualitativo, as percepções sociais dos estudantes se mostraram diversas: alguns relataram sentimentos de isolamento, enquanto outros valorizaram o ambiente de aprendizado focado que o DPBL proporciona. As tarefas propostas no ambiente digital promoveram um senso de autonomia, flexibilidade e responsabilidade nos alunos.

A tecnologia, em geral, foi considerada útil, envolvente e motivadora. Recursos visuais e auditivos foram bem recebidos, apesar das limitações em termos de realismo tátil. Contudo, a revisão também apontou que o design do DPBL ainda enfrenta desafios para conciliar a inovação tecnológica com os princípios sociais do aprendizado baseado em problemas tradicional. A falta de feedback em algumas situações também foi um ponto levantado pelos estudantes. Um modelo híbrido, que combine elementos do DPBL com abordagens mais tradicionais, pode ser uma solução promissora para superar essas dificuldades e otimizar a experiência de aprendizado dos futuros médicos.

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