Saúde Desvendada

Um estudo retrospectivo analisou os efeitos da injeção intratecal de concentrado de medula óssea autólogo em crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, publicada na Frontiers in Medicine, avaliou dados de 128 crianças que receberam o tratamento, buscando identificar melhorias nos sintomas associados ao autismo.

Os resultados indicaram uma melhora significativa nas pontuações do Autism Treatment Evaluation Checklist (ATEC), um instrumento utilizado para avaliar os sintomas do autismo. Observou-se, também, uma mudança na gravidade dos sintomas, com crianças migrando para categorias mais brandas, inclusive para a categoria “sem sintomas”. A melhora mais expressiva foi notada após a primeira intervenção, com progressos contínuos ao longo do tempo e manutenção dos resultados positivos por até quatro anos após o tratamento.

É importante ressaltar que o estudo não identificou eventos adversos graves associados ao procedimento. As complicações relatadas, como náuseas e vômitos, foram resolvidas em um período de até uma semana após a injeção. Embora os resultados sejam promissores, é fundamental que mais pesquisas sejam realizadas para confirmar a eficácia e segurança da injeção intratecal de concentrado de medula óssea como tratamento para o TEA. A busca por terapias que atuem nos mecanismos biológicos subjacentes ao autismo é crucial para oferecer opções de tratamento mais eficazes e melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias.

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