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A Drosophila melanogaster, popularmente conhecida como mosca da fruta, tem se mostrado um valioso modelo animal em diversas áreas da pesquisa biológica. Surpreendentemente, estima-se que 75% dos genes humanos associados a doenças possuem equivalentes na Drosophila, o que a torna uma ferramenta poderosa para entender as bases genéticas de várias condições.

Essa conservação dos sistemas biológicos, combinada com a facilidade de manipulação genética, o curto tempo de geração e a disponibilidade de uma ampla gama de avaliações comportamentais, faz da Drosophila um organismo modelo particularmente robusto para investigações em neurociência. Um dos sistemas mais estudados é o sistema de dopamina, um neurotransmissor crucial para diversas funções cerebrais, que apresenta uma alta conservação entre mamíferos e a mosca da fruta.

Mutações no transportador de dopamina (DAT), um regulador negativo da neurotransmissão dopaminérgica, têm sido associadas a diversos distúrbios neuropsiquiátricos e neurodegenerativos, incluindo transtornos do espectro autista (TEA), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e doença de Parkinson (DP). A utilização de modelos de Drosophila permite identificar alterações estruturais e funcionais específicas em DATs mutantes, que se manifestam como fenótipos comportamentais únicos, possibilitando uma compreensão mais profunda de como a função e a disfunção desse transportador podem se traduzir em distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos.

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