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Um estudo recente investigou a relação entre a capacidade cognitiva e a marcha em adultos jovens e idosos, revelando que tarefas de fluência verbal simultâneas à caminhada podem apresentar um desafio maior para a população idosa. A pesquisa analisou como diferentes tarefas cognitivas impactam a marcha, focando especialmente na velocidade ao caminhar durante a realização de atividades que exigem concentração mental.

A meta-análise, que compilou dados de diversos estudos, comparou o desempenho de jovens (20-31 anos) e idosos (62-85 anos) em tarefas de caminhada simples e duplas (caminhar e realizar uma tarefa cognitiva). Os resultados indicaram que idosos apresentaram um custo maior ao realizar as tarefas duplas, especialmente quando envolviam fluência verbal, como listar palavras de uma determinada categoria. Tarefas de subtração seriada, por outro lado, mostraram um impacto menor na marcha dos idosos.

A explicação para essa diferença reside na competição por recursos neurais. A fluência verbal exige a ativação de áreas do cérebro responsáveis tanto pela linguagem quanto pelo controle motor, como o córtex pré-frontal, o cerebelo e os gânglios da base. Em idosos, essa sobrecarga pode levar a uma diminuição na velocidade da marcha, evidenciando a importância da integração entre cognição e movimento. Estratégias de reabilitação que visam fortalecer as funções executivas podem ser eficazes para preservar a mobilidade em idosos, ajudando-os a manter a independência e a qualidade de vida.

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