Esquizofrenia: Descoberta promissora revela falha na conexão cérebro-tálamos
Um estudo inovador revelou uma possível ligação entre a esquizofrenia e a conectividade reduzida entre o córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC) e o núcleo talâmico mediodorsal lateral (MDl) no cérebro. Essa descoberta, traduzida de estudos com primatas não humanos (NHPs) para humanos, abre novas perspectivas para a compreensão e tratamento da doença.
A pesquisa utilizou dados de ressonância magnética (MRI) de um extenso conjunto de dados com múltiplos participantes, incluindo indivíduos com esquizofrenia, controles saudáveis, pacientes com depressão maior e transtorno do espectro autista. Ao analisar a conectividade funcional em repouso, os cientistas identificaram que a hipoconectividade entre o DLPFC e o MDl era significativamente mais pronunciada no grupo com esquizofrenia, em comparação com os demais. Essa alteração não foi observada nos grupos com depressão ou autismo, sugerindo uma especificidade da condição.
Essa hipoconectividade específica não se estendia a outros núcleos talâmicos próximos, o que indica uma anomalia focal no tálamo associada à esquizofrenia. Os resultados sugerem que a tradução de insights causais de estudos com primatas não humanos pode ser valiosa para identificar alterações na conectividade associadas a doenças neuropsiquiátricas com sintomas relacionados em humanos, abrindo caminhos para novas abordagens terapêuticas direcionadas a essa importante via cerebral. Compreender essa falha de comunicação no cérebro pode levar a tratamentos mais eficazes para os sintomas da esquizofrenia, como problemas de memória de trabalho e dificuldades cognitivas.
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