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O transtorno do espectro autista (TEA) afeta a maneira como as crianças interagem socialmente e processam informações. Uma pesquisa recente investigou a atividade do hipocampo, uma região cerebral vital para a memória e o comportamento social, buscando entender melhor sua relação com os sintomas do TEA em crianças. O estudo focou na conectividade funcional do hipocampo em repouso (rsFC), que mede a atividade cerebral quando a pessoa não está envolvida em tarefas específicas.

Os pesquisadores analisaram dados de 507 meninos, sendo 225 com TEA e 282 controles. O hipocampo foi dividido em sub-regiões rostral (anterior) e caudal (posterior), e as conexões cerebrais foram comparadas entre os grupos. Foram encontradas diferenças significativas nas regiões caudais e rostrais do hipocampo, com maior conectividade em áreas corticais e subcorticais, incluindo redes visuais, motoras, parietais e cerebelares. Esses achados sugerem que as crianças com TEA podem apresentar padrões distintos de comunicação entre o hipocampo e outras áreas do cérebro.

Além disso, o estudo revelou que a conectividade funcional do hipocampo se correlaciona com os sintomas do TEA. A consciência social estava ligada à conectividade da região caudal direita do hipocampo com áreas fusiformes e temporais, enquanto comportamentos repetitivos foram associados a padrões nas regiões rostral e caudal, envolvendo áreas frontais, motoras e cerebelares. A idade de início dos sintomas também mostrou correlação com a conectividade em todas as sub-regiões, indicando que o hipocampo rostral pode estar relacionado a redes socioemocionais e de controle motor, enquanto o hipocampo caudal está mais ligado à integração visual e sensório-motora. Esses resultados destacam a importância de entender as funções específicas das sub-regiões do hipocampo no contexto do TEA e como elas podem contribuir para a manifestação dos sintomas ao longo do desenvolvimento infantil.

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