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A Desordem do Espectro Autista (TEA) é frequentemente acompanhada por alterações no processamento sensorial, com a percepção tátil sendo uma área particularmente afetada. Métodos objetivos de triagem são cruciais para uma identificação precoce e intervenção eficaz, complementando as avaliações comportamentais subjetivas que são comumente utilizadas.

Um estudo recente investigou as diferenças no processamento tátil em crianças com TEA utilizando um sistema portátil de estimulação eletrotátil combinado com eletroencefalografia (EEG). O estudo envolveu 36 crianças com TEA e 36 crianças com desenvolvimento típico. Os resultados revelaram amplitudes de ERP (Potenciais Evocados Relacionados a Eventos) significativamente reduzidas em crianças com TEA durante o processamento tátil, particularmente nas etapas P200, N200 e P300, indicando uma menor eficiência no processamento dessas informações sensoriais. A análise topográfica identificou diferenças notáveis em regiões frontais, centrais e parietais do cérebro. Observou-se que crianças com TEA exibiram discriminação tátil prolongada, mas menos eficiente, juntamente com uma ativação prefrontal compensatória.

Este novo método de triagem demonstrou forte confiabilidade e precisão na classificação de indivíduos com TEA, atingindo uma acurácia de 85,2%. A utilização de características P300 de F8 (uma região específica do lobo frontal) apresentou o melhor desempenho, com alta sensibilidade e especificidade. Essa abordagem oferece uma avaliação objetiva e eficiente (aproximadamente 15 minutos) das anomalias no processamento tátil em indivíduos com TEA, superando as limitações dos questionários subjetivos. A identificação de biomarcadores fisiológicos como este pode auxiliar no diagnóstico precoce e intervenções mais direcionadas, aprimorando a qualidade de vida de indivíduos com TEA e suas famílias.

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