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O treinamento de resistência, popularmente conhecido como musculação, é frequentemente recomendado para aumentar a força muscular e complementar exercícios aeróbicos no controle da hipertensão. Contudo, as adaptações musculares induzidas por esse tipo de treinamento em indivíduos hipertensos ainda carecem de estudos aprofundados. Uma pesquisa recente investigou essas mudanças em ratos espontaneamente hipertensos (SHRs), buscando entender melhor os efeitos do treinamento resistido dinâmico.

O estudo dividiu 32 ratos SHRs adultos em quatro grupos: fêmeas sedentárias, fêmeas treinadas, machos sedentários e machos treinados. Os grupos treinados foram submetidos a um regime de treinamento de resistência de intensidade moderada, cinco dias por semana, durante oito semanas. Avaliações musculares detalhadas foram realizadas, incluindo a medição da atividade da fosfofrutoquinase (PFK), a expressão da cadeia pesada de miosina (MHC) e a tipagem das fibras musculares. A pressão arterial também foi monitorada diretamente.

Os resultados revelaram um aumento significativo nas fibras do tipo IIB nas fêmeas treinadas, enquanto os machos treinados apresentaram um aumento nas fibras intermediárias. Adicionalmente, os ratos treinados demonstraram maior atividade da PFK e expressão da MHC IIB no músculo plantar. Curiosamente, embora o treinamento de resistência tenha promovido adaptações musculares benéficas em ambos os sexos, com algumas diferenças específicas, nenhuma alteração significativa na pressão arterial foi observada após o período de treinamento. Esses achados sugerem que o treinamento de resistência pode ser uma estratégia valiosa para melhorar a capacidade funcional em indivíduos hipertensos, mesmo que não impacte diretamente a pressão arterial. A pesquisa demonstra o potencial do exercício resistido para otimizar a saúde muscular, um aspecto crucial para a qualidade de vida e o bem-estar geral.

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