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Um estudo recente publicado na JAMA Network Open investigou a eficácia e segurança do uso de memantina no tratamento de dificuldades sociais em jovens diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa também explorou a possibilidade de os níveis de glutamato na região pgACC (córtex cingulado anterior pré-genual) do cérebro serem utilizados como um biomarcador para prever a resposta ao tratamento com memantina.

O estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo envolveu jovens de 8 a 17 anos com TEA, mas sem deficiência intelectual (QI ≥ 85). Os participantes foram designados aleatoriamente para receber memantina ou placebo durante 12 semanas. Os resultados mostraram que um número significativamente maior de participantes tratados com memantina apresentou melhora nos sintomas sociais, em comparação com o grupo placebo. A memantina também foi bem tolerada, com poucos efeitos colaterais relatados.

Além disso, os pesquisadores descobriram que os jovens com TEA apresentavam níveis significativamente mais elevados de glutamato na pgACC em comparação com um grupo controle saudável. Curiosamente, níveis anormalmente elevados de glutamato na pgACC foram associados a uma melhor resposta ao tratamento com memantina. Esses achados sugerem que a medição dos níveis de glutamato na pgACC pode ser uma ferramenta útil para identificar quais indivíduos com TEA têm maior probabilidade de se beneficiar do tratamento com memantina, abrindo novas perspectivas para abordagens mais personalizadas no manejo do autismo. Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e determinar a melhor forma de implementar essa abordagem na prática clínica.

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