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Um estudo recente investigou a ligação entre a disfunção da tireoide em mães durante a gravidez e o risco de distúrbios do neurodesenvolvimento em seus filhos, como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, baseada em dados de mais de 3 milhões de crianças nascidas entre 2004 e 2020, revelou associações importantes que merecem atenção.

Os resultados indicaram que crianças cujas mães apresentaram hipertireoidismo ou hipotireoidismo durante a gravidez tiveram um risco ligeiramente aumentado de desenvolver TDAH. Especificamente, o estudo observou um aumento de 19% no risco de TDAH em filhos de mães com hipertireoidismo e um aumento de 28% em filhos de mães com hipotireoidismo. De forma semelhante, foi observada uma associação entre a disfunção tireoidiana materna e um risco aumentado de TEA nos filhos, com um aumento de 14% para hipertireoidismo e 34% para hipotireoidismo. É importante notar que essas são associações estatísticas e não implicam necessariamente uma relação causal direta.

Curiosamente, o estudo também analisou o impacto do uso de medicamentos para tratar a disfunção tireoidiana durante a gravidez. Observou-se que o uso contínuo de propiltiouracil (PTU), um medicamento utilizado para tratar o hipertireoidismo, esteve associado a um risco menor de TDAH e TEA nas crianças. Essa descoberta sugere que o controle adequado da função tireoidiana materna durante a gravidez pode ter um efeito protetor no desenvolvimento neurológico dos filhos. Embora sejam necessárias mais pesquisas para confirmar esses achados, este estudo destaca a importância do monitoramento e tratamento da tireoide em mulheres grávidas para a saúde ideal do bebê. A detecção precoce e o tratamento adequado de problemas de tireoide durante a gravidez podem ser cruciais para minimizar potenciais riscos ao desenvolvimento infantil.

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