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Pesquisadores investigam novas abordagens para atenuar os sintomas centrais do autismo, e a neuromodulação surge como uma área promissora. Um estudo piloto recente explorou o potencial da estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS), mais especificamente uma variação chamada estimulação theta burst intermitente (iTBS), direcionada ao cerebelo lateral. Esta região do cérebro tem sido associada a funções sócio-cognitivas frequentemente afetadas em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O estudo avaliou a segurança, a viabilidade e os efeitos em nível de rede neural de uma única sessão de iTBS no cerebelo lateral direito de dez adultos com autismo. Os participantes toleraram bem o protocolo, sem relatos de efeitos adversos graves e com uma taxa de retenção de 100%. A análise de ressonância magnética funcional em repouso revelou uma diminuição significativa na conectividade funcional dentro da rede de modo padrão e da rede sensório-motora após a estimulação. Curiosamente, outras redes cerebrais permaneceram inalteradas.

Além disso, a pesquisa identificou uma diminuição significativa na idiossincrasia na conectividade funcional dentro das redes de atenção ventral, frontoparietal, modo padrão e visual após a iTBS. Esses resultados sugerem que a estimulação cerebelar iTBS é segura e viável para adultos com autismo, e pode modular agudamente múltiplas redes funcionais em larga escala no cérebro. Os autores enfatizam a necessidade de estudos futuros, com múltiplas sessões e grupos de controle com simulação (sham), para validar esses achados iniciais e investigar se a estimulação cerebelar repetida pode trazer benefícios neurobiológicos ou clínicos sustentados para pessoas com autismo.

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