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Um estudo recente publicado na revista Brain investigou o papel de variantes genéticas em receptores GABAB (GBRs) e sua ligação com a encefalopatia epiléptica e distúrbios semelhantes à síndrome de Rett. Os receptores GABAB são ativados pelo neurotransmissor GABA e desempenham um papel crucial na inibição neuronal no cérebro. A pesquisa se concentrou em variantes no gene GABBR2, que codifica a subunidade GB2 do receptor, e como essas variantes afetam a atividade da rede neuronal.

Os pesquisadores descobriram que as variantes genéticas estudadas levam a uma atividade constitutiva aumentada dos receptores GABAB. Isso significa que os receptores estão mais ativos mesmo na ausência do neurotransmissor GABA. Em modelos de ratos com uma dessas variantes, observou-se uma atividade cerebral anormal, com sincronização de alta amplitude em uma faixa de frequência específica. No entanto, o tratamento com moduladores alostéricos positivos dos receptores GABAB demonstrou normalizar a atividade da rede neuronal nesses ratos, sugerindo uma possível via terapêutica.

A pesquisa revelou que o aumento da atividade dos receptores mutantes leva a uma redução adaptativa na expressão das subunidades GB1 e GB2, bem como de componentes de sinalização da proteína G. Essa regulação negativa parece ser uma resposta do organismo para tentar compensar a atividade excessiva dos receptores GABAB. Os resultados sugerem que, em indivíduos com essas variantes genéticas, moduladores alostéricos positivos, que aumentam a atividade dos receptores GABAB selvagens (não mutantes), podem ser uma estratégia terapêutica promissora para restaurar o equilíbrio na atividade da rede neuronal e, assim, mitigar os sintomas neurológicos associados.

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