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A neurociência interpessoal tem ganhado destaque com o uso de técnicas como o hiperescanamento, que permite analisar a atividade cerebral de duas ou mais pessoas simultaneamente. Essa abordagem inovadora abre portas para uma compreensão mais profunda dos mecanismos neurais que regem a sincronização interpessoal, um fenômeno crucial em diversas interações sociais e cognitivas.

Um estudo recente explorou a viabilidade de determinar a direção da influência neural durante a realização de tarefas motoras conjuntas. Utilizando a espectroscopia funcional de infravermelho próximo (fNIRS), os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral de duplas de participantes enquanto um deles atuava como ‘Modelo’ e o outro como ‘Imitador’. A fNIRS se destaca por ser uma técnica não invasiva que permite medir a atividade cerebral em ambientes mais naturais e menos restritivos, o que é fundamental para estudar interações sociais complexas.

Os resultados da pesquisa demonstraram que é possível identificar a direção da influência neural com uma precisão entre 62% e 71%. Além disso, a medida de causalidade espectral proposta no estudo se mostrou eficaz na redução de relações causais espúrias, que podem surgir devido a processos fisiológicos e artefatos de medição. Essa descoberta representa um avanço significativo na área, pois permite uma análise mais precisa e confiável da dinâmica neural subjacente às interações interpessoais, abrindo caminho para novas pesquisas sobre autismo, esquizofrenia e outras condições com alterações na cognição social.

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