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A estimulação transespinal por corrente contínua (tsDCS) surge como uma promissora estratégia complementar no tratamento da espasticidade e na busca pela recuperação de movimentos em indivíduos com lesão medular (SCI). Um estudo recente investigou as alterações em biomarcadores neurofisiológicos após múltiplas sessões de tsDCS, comparando pacientes com SCI a um grupo controle saudável.

A pesquisa envolveu nove participantes com SCI e dez indivíduos saudáveis. Ambos os grupos receberam sessões diárias de tsDCS catódica sobre a vértebra torácica 10, com uma intensidade média de 2,28 mA. Os participantes com SCI receberam uma média de 15 sessões, enquanto o grupo controle recebeu 10. Antes e após a intervenção, foram avaliadas as curvas de recrutamento do reflexo H do músculo sóleo, a depressão homossináptica e a depressão pós-ativação.

Os resultados indicaram que a tsDCS não alterou a força da depressão homossináptica em nenhum dos grupos. No entanto, observou-se uma reversão da depressão pós-ativação para facilitação em indivíduos com SCI classificados como AIS D (lesão incompleta). Além disso, a tsDCS resultou em uma diminuição da excitabilidade reflexa em ambos os grupos. Curiosamente, não foram observadas mudanças significativas na hiperreflexia avaliada clinicamente em pacientes com SCI. Esses achados sugerem que a tsDCS pode diminuir a hiperexcitabilidade reflexa, mas sem promover a recuperação do controle inibitório espinhal na medula espinhal lesionada. Mais estudos são necessários para investigar a reorganização das redes interneuronais espinhais e corticais induzida pela tsDCS, a fim de desenvolver tratamentos mais eficazes para pessoas com SCI.

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