Neuromodulação Não Invasiva: Uma Esperança para Autismo e Comorbidades?
Um estudo de caso recente investigou os potenciais benefícios de um protocolo de neuromodulação não invasiva para um paciente de 10 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e múltiplas comorbidades. O paciente apresentava, além do TEA, epilepsia, distúrbios gastrointestinais e do sono, e obesidade. A pesquisa explorou o uso da estimulação com Radio Electric Asymmetric Conveyer (REAC) para tratar as disfunções cognitivo-comportamentais associadas ao TEA.
A pesquisa envolveu a aplicação sequencial de dois protocolos de estimulação REAC: Neuro Postural Optimization (NPO) e Neuro Psychophysical Optimization (NPPO). Após cinco semanas de tratamento, os pesquisadores observaram uma redução de 34,9% nos escores totais do Autism Treatment Evaluation Checklist (ATEC) e uma diminuição de 8,2% no Autism Behavior Checklist (ABC). Esses resultados sugerem uma melhora significativa no comportamento e nas habilidades de comunicação do paciente.
Apesar das melhoras observadas nos questionários ATEC e ABC, a avaliação da gravidade dos sintomas do TEA usando a Childhood Autism Rating Scale (CARS) mostrou uma melhora menos pronunciada. No entanto, a intervenção REAC demonstrou uma redução no comprometimento do relacionamento social e uma melhora na consciência sensorial/cognitiva. Os autores do estudo enfatizam a necessidade de pesquisas adicionais com protocolos REAC mais extensos para replicar e ampliar as respostas clínicas em indivíduos com TEA. Este estudo piloto oferece uma perspectiva promissora para o uso de neuromodulação não invasiva como uma terapia complementar para o TEA, especialmente em pacientes com comorbidades complexas.
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