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A realização de eletroencefalogramas (EEGs) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta desafios únicos. A sensibilidade sensorial elevada e a dificuldade em lidar com situações novas podem dificultar o procedimento. Um estudo recente investigou um protocolo estruturado de preparação e desensibilização para facilitar a realização de vídeo-EEGs em crianças com TEA.

O estudo envolveu cinco crianças diagnosticadas com TEA, submetidas a um protocolo de exposição gradual e desensibilização ambiental. Este protocolo envolveu a equipe ambulatorial e a presença dos pais, criando um ambiente mais seguro e previsível para a criança. A abordagem gradual e lúdica, ancorada em rotinas previsíveis e brincadeiras simbólicas, ajudou a modular a entrada sensorial, um dos principais desafios no TEA. A previsibilidade do ambiente contribuiu significativamente para reduzir a ansiedade, um fator crucial para o sucesso do procedimento.

Os resultados demonstraram um alto índice de sucesso tanto na aquisição do EEG quanto na cooperação dos pacientes. A participação ativa dos cuidadores promoveu a co-regulação e a segurança emocional, elementos essenciais para um resultado positivo. A pesquisa destaca a importância da integração de protocolos individualizados, baseados em princípios comportamentais, na prática clínica de avaliações neurofisiológicas em crianças com TEA. A implementação dessas estratégias pode melhorar significativamente a experiência da criança e a qualidade dos dados obtidos, contribuindo para um diagnóstico e tratamento mais precisos.

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