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A aplicação de machine learning (ML), ou aprendizado de máquina, está revolucionando diversas áreas da pesquisa em saúde mental. Em um campo tão complexo e rico em dados como este, o ML oferece ferramentas poderosas para identificar padrões sutis, integrar conjuntos de dados diversos e otimizar a tomada de decisões. O objetivo final é aprimorar o diagnóstico, o prognóstico e a personalização de tratamentos para pacientes.

Na psiquiatria infantil e adolescente, caracterizada por uma grande heterogeneidade clínica e variabilidade no desenvolvimento, o ML apresenta um potencial significativo. Ele pode auxiliar na identificação de fatores importantes e guiar o tratamento clínico de forma mais eficaz. Uma revisão sistemática da literatura analisou estudos que aplicaram ML em transtornos psiquiátricos em indivíduos de 0 a 18 anos. Dos 65 estudos identificados, 33 atenderam aos critérios de inclusão.

A maioria dos estudos focou em transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e transtorno do espectro autista (TEA), mas também foram abordados temas como esquizofrenia, transtorno bipolar, transtornos alimentares, comportamentos suicidas e depressão. A aplicação mais comum do ML foi no auxílio ao diagnóstico. Os resultados dos estudos foram diversos, devido à variabilidade nos algoritmos, conjuntos de dados e medidas de resultado, com desempenhos variando de modestos a altos. No entanto, desafios como amostras pequenas, falta de validação externa e overfitting (sobreajuste) ainda são barreiras importantes a serem superadas. O uso do ML na psiquiatria infantil e adolescente ainda está em seus estágios iniciais, mas demonstra um grande potencial, exigindo métodos padronizados, interpretabilidade e salvaguardas éticas para sua aplicação clínica.

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