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A paralisia cerebral (PC) frequentemente está associada à diminuição da atividade cortical somatossensorial, o que impacta o desempenho muscular e a mobilidade. Um estudo recente investigou como diferentes abordagens de fisioterapia podem influenciar essa atividade cortical em indivíduos com PC. A pesquisa focou em avaliar as mudanças na mobilidade e na atividade cortical somatossensorial após um protocolo de treinamento de marcha.

O estudo envolveu 28 participantes com PC, com idades entre 21 e 22 anos, classificados nos níveis I a III da Gross Motor Function Classification Score (GMFCS). Durante oito semanas, eles participaram de um protocolo de treinamento de marcha com atividades exploratórias, visando aprimorar a experiência somatossensorial através de movimentos ricos e inovadores. A atividade cortical foi avaliada utilizando magnetoencefalografia durante um paradigma somatossensorial de pulso pareado.

Os resultados mostraram que, em consonância com estudos anteriores, o grupo com PC apresentou respostas corticais somatossensoriais mais fracas em comparação com o grupo de controle neurotípico. Embora os participantes com PC tenham demonstrado melhorias clinicamente relevantes na mobilidade, não houve alterações significativas na atividade cortical somatossensorial. No entanto, um aumento notável na atividade neural foi observado no córtex cingulado anterior. Essa descoberta sugere que o protocolo de treinamento de marcha utilizado pode promover melhorias na capacidade dos indivíduos com PC de monitorar erros motores, prestar atenção ao feedback sensorial disponível e discriminar diferentes intensidades sensoriais durante a marcha. O córtex cingulado anterior, portanto, parece ter um papel crucial nesse processo de reabilitação.

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