Saúde Desvendada

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A prática da fisioterapia baseada em evidências (PBBE) é amplamente recomendada para assegurar a qualidade e a consistência do tratamento de pacientes com fraturas, uma condição musculoesquelética que frequentemente demanda reabilitação e gera custos significativos para o sistema de saúde. No entanto, uma questão crucial emerge: a literatura científica sobre fraturas oferece suporte adequado para essa abordagem?

Um estudo recente mapeou o perfil de pesquisas sobre fraturas indexadas na plataforma PEDro (Physiotherapy Evidence Database), analisando o delineamento dos estudos, os segmentos corporais investigados, o período de publicação e a distribuição geográfica das pesquisas. Os resultados revelaram que, embora houvesse um número considerável de estudos (667, representando 3,2% do total de pesquisas musculoesqueléticas e ortopédicas), a literatura ainda é limitada em número e qualidade. A pesquisa identificou 12 diretrizes de prática clínica, 141 revisões sistemáticas e 514 ensaios clínicos (CTs). Os estudos se concentram principalmente no quadril (35,7%) e no punho (23,1%).

Além disso, a distribuição geográfica dos ensaios clínicos revelou disparidades significativas: a maioria dos estudos foi conduzida na Europa (47,8%), Ásia (24,9%), América do Norte (21%) e Oceania (11%), com pouquíssima representação da América do Sul (1,2%) e África (0,2%), e nenhuma da América Central. Essa distribuição desigual reflete as disparidades na produção científica entre as regiões desenvolvidas e em desenvolvimento, destacando a necessidade de investir em pesquisa e disseminação de conhecimento em áreas com menor representação. O estudo também observou uma pontuação média de 5,35 (em uma escala de qualidade) e um pico na produção de estudos na década de 2010, sugerindo uma crescente atenção à pesquisa sobre fraturas, mas ainda com margem para melhoria na qualidade e abrangência geográfica.

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