Saúde Desvendada

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Promover a atividade física em pacientes com transtornos psicóticos é um desafio, mas também uma oportunidade para melhorar a saúde geral e o bem-estar. Um estudo recente explorou a viabilidade de implementar caminhadas semanais supervisionadas em uma unidade psiquiátrica fechada, com o objetivo adicional de avaliar a autoestima dos participantes. A pesquisa, realizada em Mons, Bélgica, acompanhou pacientes da unidade Gaudi, especializada em transtornos psicóticos, oferecendo a opção de participar de caminhadas de 3 km ou 5 km durante um período de 24 semanas.

Os resultados mostraram que a implementação da atividade de caminhada foi, de fato, viável, com uma taxa de participação média de quase 60%. A maioria dos participantes preferiu o percurso mais curto, de 3 km. No entanto, a avaliação sistemática da autoestima, utilizando a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSES), e a realização de avaliações qualitativas se mostraram mais complexas. Apenas uma pequena parcela dos pacientes completou as avaliações propostas, indicando possíveis dificuldades na aplicação desses instrumentos em um ambiente de unidade fechada.

Apesar dos desafios encontrados na avaliação da autoestima, o estudo destaca a importância de iniciativas que incentivem a atividade física em pacientes psiquiátricos. A experiência demonstra que adaptar os métodos de avaliação para torná-los mais acessíveis e realistas para essa população é crucial para o sucesso de futuros projetos. Implementar atividades simples como caminhadas pode trazer benefícios significativos para a saúde física e, potencialmente, para o bem-estar emocional desses pacientes, desde que os protocolos sejam ajustados para atender às suas necessidades específicas.

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