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Crises febris são eventos comuns na infância, mas pais e médicos frequentemente se preocupam com a possibilidade de evolução para epilepsia ou epilepsia genética com crises febris plus (GEFS+). Um estudo multicêntrico retrospectivo recente investigou fatores que podem prever essa progressão em crianças com histórico de crises febris.

A pesquisa, conduzida em quatro hospitais italianos, acompanhou 231 crianças com crises febris complexas, estado de mal epiléptico febril ou episódios recorrentes de crises febris simples que necessitaram de tratamento ou acompanhamento. Os pesquisadores coletaram dados detalhados sobre as crises febris de cada criança, incluindo número, duração, gatilhos e características clínicas, bem como informações sobre desenvolvimento psicomotor, comorbidades neuropsiquiátricas, histórico familiar de distúrbios neuropsiquiátricos, resultados de eletroencefalogramas (EEGs) e tratamentos prescritos. A análise desses dados revelou alguns fatores de risco importantes.

Os resultados indicaram que um histórico familiar de epilepsia, um maior número absoluto de episódios de crises febris, uma idade mais avançada no início das crises e a presença de crises afebris (sem febre) foram associados a um risco aumentado de desenvolver epilepsia ou GEFS+. Por outro lado, um EEG normal no início das crises e um aumento no número de crises febris simples ou complexas ocorrendo nas primeiras 24 horas foram associados a um risco menor. Este estudo fornece novas evidências que podem auxiliar na identificação de crianças com maior risco de desenvolver epilepsia após crises febris, permitindo um acompanhamento mais próximo e intervenções precoces, se necessário. Além disso, o estudo levanta questões sobre as diretrizes atuais para o manejo de crises febris, sugerindo a necessidade de revisões para otimizar o cuidado e o prognóstico dessas crianças.

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