Novos caminhos para o tratamento de transtornos psiquiátricos: genômica de célula única e reaproveitamento de fármacos
A busca por tratamentos eficazes para transtornos neuropsiquiátricos, como esquizofrenia, transtorno bipolar e autismo, enfrenta desafios significativos devido à complexidade dos mecanismos celulares e moleculares subjacentes. Uma pesquisa recente propõe uma abordagem inovadora, integrando dados genômicos de célula única em larga escala para identificar potenciais alvos terapêuticos e reaproveitar fármacos já existentes.
O estudo analisou redes regulatórias de genes em 23 tipos de células diferentes, revelando fatores de transcrição que atuam em conjunto na regulação de genes de risco conhecidos para esses transtornos. Através da aplicação de redes neurais gráficas, os pesquisadores priorizaram novos genes de risco e identificaram 220 moléculas de fármacos com potencial para modular a atividade em tipos de células específicos. Evidências indicam que 37 desses fármacos podem reverter as características transcricionais associadas aos transtornos.
Além disso, a pesquisa identificou 335 loci de características quantitativas de fármacos e células (eQTLs), demonstrando a influência da variação genética na expressão de alvos de fármacos em nível celular. Esses resultados representam um valioso recurso de medicina de rede de célula única, oferecendo perspectivas mecanicistas para o avanço de opções de tratamento para transtornos neuropsiquiátricos. A abordagem de reaproveitamento de fármacos, em particular, pode acelerar o desenvolvimento de novas terapias, uma vez que esses compostos já passaram por extensos testes de segurança e eficácia para outras condições.
Origem: Link