Saúde Óssea em Crianças Autistas: Um Estudo Revelador
Um estudo recente investigou a saúde óssea de crianças autistas, comparando-as com seus pares não autistas. A pesquisa, realizada com uma amostra representativa da população australiana, revelou que crianças autistas apresentam uma saúde óssea inferior, medida através de tomografia computadorizada quantitativa periférica (pQCT) na tíbia, tanto na metáfise (canela) quanto na diáfise (tornozelo).
O estudo envolveu 1.274 crianças, incluindo 66 autistas, com idades entre 11 e 12 anos. A pQCT foi utilizada para avaliar a densidade e a estrutura óssea, tanto nas crianças quanto em um dos pais. Curiosamente, não foram encontradas diferenças significativas nas medidas de pQCT entre os pais de crianças autistas e os pais de crianças não autistas. Este achado sugere que a diferença na saúde óssea das crianças autistas não parece ser causada por fatores genéticos ou ambientais compartilhados entre pais e filhos.
A conclusão principal do estudo é que as diferenças na saúde óssea em crianças autistas são provavelmente impulsionadas por fatores comportamentais. Isso reforça a necessidade de promover intervenções que apoiem o desenvolvimento ósseo saudável nesses indivíduos. É possível que fatores como dieta seletiva, menor exposição ao sol (e, consequentemente, menor produção de vitamina D) ou níveis reduzidos de atividade física contribuam para a saúde óssea menos favorável observada. Investigações futuras devem explorar mais a fundo esses aspectos para desenvolver estratégias eficazes de melhoria da saúde óssea em crianças com autismo. A identificação precoce de problemas e intervenções direcionadas podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida a longo prazo.
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