Saúde Desvendada

A redução do fluxo salivar, também conhecida como hipossalivação ou, popularmente, boca seca, é uma complicação comum em pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Essa condição pode aumentar significativamente o risco de cáries, infecções e outras doenças bucais, impactando a qualidade de vida. Um estudo exploratório recente investigou o potencial de terapias de estimulação física para melhorar o fluxo salivar e o equilíbrio microbiano oral em indivíduos com DM2 e boca seca.

O estudo randomizado avaliou os efeitos da terapia a laser de baixa intensidade (LLLT), estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS) e uma combinação de ambas as terapias. Os participantes receberam tratamentos duas vezes por semana durante dez sessões. Os resultados preliminares mostraram que a maioria dos participantes apresentou melhora no fluxo salivar estimulado, atingindo ou mantendo níveis considerados normais. Além disso, observou-se que a terapia a laser de baixa intensidade (LLLT) pode estar associada a uma maior diversidade bacteriana na saliva em comparação com a estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS).

A análise do microbioma oral revelou alterações na abundância de diferentes grupos de bactérias após os tratamentos. As bactérias dos grupos Firmicutes e Fusobacteriota aumentaram após todas as intervenções, enquanto Actinobacteriota e Proteobacteria diminuíram. É importante ressaltar que este estudo é exploratório e os resultados são preliminares. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos maiores e de longo prazo para confirmar essas observações e entender completamente os mecanismos subjacentes a esses efeitos. No entanto, esses resultados iniciais sugerem que a estimulação física pode ser uma abordagem promissora para o manejo da boca seca associada ao DM2, potencialmente promovendo um efeito de “limpeza” ou modulação do microbioma oral. Mais pesquisas são cruciais para determinar a eficácia e segurança dessas terapias a longo prazo.

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