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Um estudo recente investigou os efeitos do exercício físico na saúde cognitiva e na composição do microbioma intestinal em pessoas vivendo com HIV (PVHIV). Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que programas de intervenção com exercícios podem melhorar o condicionamento físico, a cognição e até mesmo alterar a estrutura do microbioma em indivíduos sem HIV. No entanto, os estudos com PVHIV ainda não haviam explorado as mudanças no cérebro através de neuroimagem ou analisado o microbioma intestinal.

O estudo randomizado controlado acompanhou 65 PVHIV com mais de 40 anos e estilo de vida sedentário. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo realizou treinamento cardiorrespiratório e de resistência, enquanto o outro grupo praticou exercícios de alongamento. Ao longo de seis meses, os pesquisadores avaliaram mudanças na cognição, no fluxo sanguíneo cerebral, no condicionamento físico e na diversidade e composição do microbioma intestinal. Surpreendentemente, melhorias modestas na velocidade psicomotora e função executiva, juntamente com um aumento na diversidade do microbioma intestinal, foram observadas em ambos os grupos, independente do tipo de exercício realizado. Além disso, houve uma redução no índice de massa corporal e melhorias no condicionamento físico geral.

Os resultados sugerem que a aptidão física é um fator modificável que pode influenciar positivamente o desempenho cognitivo e a composição do microbioma intestinal em PVHIV. O fato de que ambos os tipos de intervenção trouxeram benefícios indica que até mesmo exercícios leves de alongamento ou a simples participação em um estudo podem ser suficientes para promover mudanças cognitivas positivas em pessoas previamente sedentárias. No entanto, os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos mais longos e com um número maior de participantes para identificar alterações nas métricas de neuroimagem relacionadas à integridade cerebral.

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