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Um estudo recente investigou a variabilidade funcional do cérebro em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), focando nas diferenças na conectividade entre diversas regiões cerebrais. A pesquisa, publicada no periódico Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, analisou dados de ressonância magnética funcional (fMRI) de 272 pacientes com TEA e 368 controles, buscando padrões que pudessem auxiliar no diagnóstico e compreensão da condição.

Os pesquisadores examinaram a variabilidade funcional da matéria cinzenta (GM-IVFC) e da matéria branca (WM-IVFC) do cérebro. A análise revelou que ambas as medidas apresentam distribuições desiguais em todo o cérebro. Em comparação com o grupo controle, os pacientes com TEA demonstraram um aumento na GM-IVFC, principalmente nas redes de modo padrão e atenção. Alterações na WM-IVFC foram observadas principalmente no joelho do corpo caloso e no fascículo fronto-occipital superior. Notavelmente, essas alterações estiveram significativamente associadas à gravidade dos sintomas do TEA.

Para avaliar o potencial diagnóstico dessas descobertas, os cientistas construíram um modelo de máquina de vetores de suporte (SVM). O modelo que combinou as características de GM-IVFC e WM-IVFC apresentou o melhor desempenho diagnóstico, atingindo uma precisão de 0,77. Adicionalmente, análises de neuroimagem transcriptômica revelaram que as alterações na GM-IVFC estavam relacionadas a genes envolvidos na morfogênese de órgãos sensoriais, enquanto as alterações na WM-IVFC estavam ligadas a vias relacionadas aos astrócitos. Estes resultados sugerem que a análise da variabilidade funcional cerebral pode servir como um biomarcador promissor para o TEA, abrindo caminhos para intervenções mais direcionadas e personalizadas.

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