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Um estudo recente identificou uma ligação crucial entre o gene INTS6 e distúrbios do neurodesenvolvimento (DNDs). A pesquisa, fruto de colaborações internacionais e análise de extensas amostras de pacientes com DNDs, revelou que variantes no gene INTS6 estão presentes em 23 famílias. Essas variações genéticas parecem estar associadas a características fenotípicas comuns, incluindo atrasos na linguagem e desenvolvimento motor, autismo, deficiência intelectual e distúrbios do sono.

Para entender melhor o papel do INTS6, os pesquisadores criaram um modelo de camundongo com deficiência do gene no sistema nervoso. Os resultados demonstraram que a ausência de INTS6 leva a problemas no desenvolvimento do cérebro, incluindo neurogênese prejudicada (formação de novos neurônios), lamination cortical anormal (organização das camadas do córtex cerebral) e desenvolvimento sináptico comprometido. Os camundongos também apresentaram alterações comportamentais, como dificuldades na interação social, problemas de memória espacial e hiperatividade, mimetizando os sintomas observados em humanos com variações no INTS6. Esses achados reforçam a importância do INTS6 no desenvolvimento neurológico saudável.

Além disso, a pesquisa investigou os mecanismos moleculares pelos quais a deficiência de INTS6 afeta o cérebro. Foi descoberto que a ausência do gene altera a dinâmica da RNA polimerase II, uma enzima essencial para a transcrição genética, resultando em uma regulação gênica inadequada e expressão prejudicada de genes importantes para a função sináptica. Surpreendentemente, o tratamento com um inibidor de CDK9 (CDK9i), uma substância que reduz a fosforilação da RNAPII, reverteu alguns dos efeitos negativos da deficiência de INTS6, como a proliferação excessiva de neurosferas e anormalidades na formação de espinhas dendríticas. Este resultado sugere que o CDK9 pode ser um alvo terapêutico promissor para o tratamento de DNDs relacionados ao INTS6.

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