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A catatonia é uma síndrome psicomotora grave que pode colocar a vida em risco se não for diagnosticada e tratada rapidamente. Embora benzodiazepinas e terapia eletroconvulsiva (ECT) sejam tratamentos estabelecidos para catatonia em adultos, existe uma literatura limitada sobre sua eficácia e segurança em adolescentes. Um estudo recente explora uma abordagem combinada para tratar a catatonia refratária em um adolescente.

O estudo de caso envolveu um jovem de 16 anos que apresentava catatonia refratária. Inicialmente, o paciente respondeu ao lorazepam, mas experimentou efeitos adversos, o que exigiu a mudança para o clonazepam. Apesar de alguma melhora, sua condição piorou, levando ao início da ECT, que foi associada a melhorias significativas. No entanto, a estagnação no progresso clínico levou à introdução da memantina, um antagonista do NMDA. A memantina foi bem tolerada e pareceu contribuir para uma maior resolução dos sintomas.

O paciente alcançou remissão total da catatonia em aproximadamente 2 meses e manteve o bem-estar 19 semanas após a alta com um regime de tratamento de olanzapina, memantina e clonazepam. Este caso destaca a eficácia potencial da combinação de benzodiazepinas, ECT e antagonistas do NMDA no tratamento da catatonia refratária em adolescentes. Os resultados apoiam a consideração de antagonistas do NMDA em protocolos de tratamento, particularmente quando as terapias convencionais são ineficazes ou inacessíveis. É crucial enfatizar a necessidade de mais pesquisas para validar esses resultados e estabelecer diretrizes abrangentes para o tratamento da catatonia pediátrica.

É importante ressaltar que este é apenas um relato de caso e não deve ser interpretado como uma recomendação de tratamento definitivo. A decisão sobre o tratamento mais adequado para cada paciente deve ser sempre individualizada e baseada na avaliação clínica completa por um profissional de saúde qualificado.

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