Técnicas de Manejo Comportamental no Cuidado Oral de Crianças com Autismo e Deficiência Intelectual
O cuidado odontológico para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficiência intelectual pode ser um desafio. A sensibilidade sensorial, dificuldades de comunicação e ansiedade são barreiras comuns que dificultam a cooperação durante os procedimentos. No entanto, com a abordagem certa, é possível oferecer um tratamento odontológico eficaz e confortável para esses pacientes.
Um estudo recente destaca a importância de construir uma relação de confiança entre o dentista, os pais e o paciente. A criação de um plano de tratamento individualizado, que leve em consideração as necessidades e limitações específicas da criança, é fundamental. Técnicas de manejo comportamental, como o princípio 5W1H (quem, o quê, quando, onde e porquê), o método ‘dizer-mostrar-sentir-fazer’ e as aproximações sucessivas, demonstraram ser eficazes. O princípio 5W1H ajuda a criança a entender o que vai acontecer, enquanto o método ‘dizer-mostrar-sentir-fazer’ permite que ela se familiarize com os instrumentos e procedimentos antes de serem realizados. As aproximações sucessivas envolvem a divisão do tratamento em etapas menores e mais gerenciáveis, recompensando a criança a cada progresso.
A aplicação dessas técnicas oferece uma perspectiva promissora para o tratamento odontológico sem sedação em consultórios gerais. Ao investir tempo e energia na construção de um ambiente de confiança e na adaptação do tratamento às necessidades individuais da criança, é possível superar as dificuldades iniciais e proporcionar um cuidado oral adequado e seguro. A colaboração entre dentistas, pais e a criança é essencial para o sucesso do tratamento, permitindo que a criança desenvolva uma atitude positiva em relação aos cuidados com a saúde bucal. Estratégias como o uso de comunicação visual, reforço positivo e a criação de um ambiente calmo e previsível também podem contribuir significativamente para o sucesso do tratamento.
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