Ansiedade Social em Jovens: Desafios no Diagnóstico e a Importância da Percepção Multilateral
A ansiedade social é uma condição que pode impactar significativamente a vida de jovens, afetando suas interações sociais, desempenho escolar e bem-estar geral. Um estudo recente publicado na Frontiers in Psychiatry investigou as diferenças na percepção dos sintomas de ansiedade social entre adolescentes e seus cuidadores, especialmente em jovens com e sem Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A pesquisa envolveu três grupos de adolescentes: um grupo com TEA e ansiedade social, um grupo com ansiedade social sem TEA e um grupo controle sem ansiedade social. Tanto os adolescentes quanto seus cuidadores responderam a questionários sobre os sintomas de ansiedade social dos jovens. Os resultados revelaram que, em geral, os cuidadores relataram maior interferência comportamental devido à ansiedade social do que os próprios adolescentes. Essa diferença foi particularmente acentuada no grupo de adolescentes com TEA.
Essa discrepância entre as percepções dos cuidadores e dos adolescentes autistas destaca a importância de uma abordagem multi-informante na avaliação e no tratamento da ansiedade social em jovens com TEA. É crucial considerar a perspectiva tanto do jovem quanto de seus cuidadores para obter um quadro completo da condição e desenvolver intervenções eficazes. Além disso, o estudo ressalta a necessidade de ferramentas de avaliação adaptadas para essa população, levando em conta as particularidades da experiência autista com a ansiedade social. Compreender essas nuances pode auxiliar no planejamento de intervenções mais direcionadas e eficazes, melhorando a qualidade de vida desses jovens.
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