Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

Um estudo recente investigou as características da comunicação social, comportamentos repetitivos e adaptativos em meninas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sem deficiência intelectual, comparando-as a um grupo de meninas com desenvolvimento típico. A pesquisa, publicada no Journal of Autism and Developmental Disorders, buscou identificar nuances específicas na apresentação do TEA em meninas, uma área que historicamente recebeu menos atenção em comparação com os meninos.

O estudo envolveu 37 meninas, com idades entre 7 e 15 anos, divididas em dois grupos: 18 diagnosticadas com TEA e 19 com desenvolvimento típico. Os grupos foram cuidadosamente pareados por idade e Quociente de Inteligência (QI). Para avaliar as habilidades de comunicação social, os comportamentos repetitivos e o comportamento adaptativo, foram utilizados questionários e escalas de avaliação padronizadas, como o Social Communication Questionnaire (SCQ), o Autism Diagnostic Observation Schedule (ADOS-2) e o Vineland Adaptive Behavior Scales (VABS-2). A análise dos dados revelou diferenças significativas entre os grupos em diversos itens relacionados à interação social recíproca, comunicação e comportamentos repetitivos.

Os resultados indicaram que meninas com TEA podem apresentar habilidades relativamente fortes em comunicação social em medidas diagnósticas, o que pode dificultar a identificação precoce do transtorno. Além disso, a pesquisa sugere que as diferenças na expressão de comportamentos repetitivos entre meninas com TEA e meninas com desenvolvimento típico podem não ser evidentes durante observações estruturadas, mas podem ser relatadas pelos pais. O estudo também apontou que meninas com TEA demonstram habilidades de socialização mais fracas em relação a outros comportamentos adaptativos, o que indica uma área prioritária para intervenção terapêutica e suporte. Compreender as particularidades do TEA em meninas é crucial para um diagnóstico mais preciso e para o desenvolvimento de intervenções mais eficazes, visando melhorar sua qualidade de vida e promover sua inclusão social.

Origem: Link

Deixe comentário