Equilíbrio e Idade: Como a Postura Revela Riscos de Fragilidade em Idosos
A fragilidade em idosos é um desafio complexo, marcado pela redução da capacidade física, dificuldades de locomoção e maior propensão a quedas. Embora existam métodos clínicos para avaliar essa condição, eles podem não detectar sutilezas no controle postural. Uma pesquisa recente investigou como a análise do centro de pressão (CoP), obtida através de plataformas de força, pode complementar a avaliação tradicional e identificar riscos de fragilidade.
O estudo, publicado no Journal of Clinical Medicine, avaliou 83 adultos com mais de 55 anos e histórico de quedas. Os participantes foram classificados como frágeis ou pré-frágeis, e realizaram testes funcionais como o Timed Up and Go (TUG), teste de força de preensão manual, a Escala de Equilíbrio de Berg (BBS) e a Escala de Eficácia de Quedas (FES). Adicionalmente, foram analisadas as métricas de CoP, como velocidade média e deslocamento, com os olhos abertos e fechados.
Os resultados revelaram que um tempo maior no TUG e um maior número de quedas foram os principais fatores de risco para a fragilidade. Surpreendentemente, um maior deslocamento e velocidade do CoP demonstraram ser fatores protetores. Especificamente, o deslocamento do CoP com os olhos fechados apresentou a associação protetora mais forte. Além disso, o medo de cair emergiu como um fator psicológico significativo, consistentemente associado ao aumento do risco de fragilidade, independentemente do desempenho físico. A pesquisa sugere que a análise do CoP pode ser uma ferramenta valiosa para identificar precocemente o risco de fragilidade e implementar estratégias de intervenção adequadas, complementando os testes clínicos tradicionais.
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