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Após a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA), um programa de reabilitação abrangente é fundamental para restaurar a função, a força e a estabilidade do membro inferior. Apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas, as altas taxas de relesão destacam a necessidade de aprimorar as estratégias de reabilitação. Um estudo recente investigou o desempenho em diversas tarefas fisicamente exigentes, comparando os resultados entre a perna lesionada e a não lesionada, utilizando um teste modificado chamado Back in Action (BIA).

A pesquisa revelou que pacientes demonstram uma melhora mais rápida em tarefas que exigem coordenação em comparação com tarefas que dependem da força. Participaram do estudo 32 pacientes com idades entre 18 e 40 anos, que realizaram o teste BIA modificado, incluindo testes de estabilidade, salto com contramovimento (CMJ), aterrissagem de salto, saltos rápidos e teste de agilidade com os pés (QFT). Cada teste foi realizado em três séries, com três repetições imediatas. Os resultados mostraram melhorias significativas dentro da sessão em tarefas de coordenação, com um aumento de 32% no membro lesionado e 26% no membro não lesionado durante os saltos rápidos. No entanto, não foram observados efeitos de aprendizado significativos em tarefas relacionadas à força, como aterrissagem de salto, teste de estabilidade e CMJ.

Os resultados sugerem que a melhora em tarefas de coordenação após testes de retorno ao esporte (RTS) de pacientes com reconstrução do LCA é influenciada pelos efeitos de aprendizado do teste. Em contrapartida, esse fenômeno não foi observado em tarefas relacionadas à força. Os programas de reabilitação devem integrar ambos os tipos de exercícios, considerando as capacidades individuais de cada paciente. Adaptar a reabilitação às necessidades individuais, estabelecer programas de reabilitação específicos para cada esporte e incorporar ferramentas de autoavaliação podem aprimorar o atendimento centrado no paciente e reduzir os riscos de relesão. A reabilitação personalizada é a chave para um retorno seguro e eficaz à atividade física. Além disso, o estudo identificou uma correlação entre as habilidades autoavaliadas e o desempenho real, reforçando a importância da percepção do paciente no processo de recuperação.

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