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A encefalite por anticorpos anti-receptor NMDA (N-metil-D-aspartato), conhecida como NMDARE, é uma doença autoimune que se manifesta através de diversos sinais e sintomas neuropsiquiátricos. Uma das apresentações mais comuns é a catatonia, uma síndrome psicomotora caracterizada por mutismo, estupor e movimentos anormais ou repetitivos. A catatonia agrava a condição de pacientes com NMDARE e demanda tratamento imediato.

Embora a imunoterapia seja a principal abordagem terapêutica para NMDARE, sua eficácia pode levar um tempo considerável, o que exige a consideração de métodos alternativos para o controle da catatonia. A terapia eletroconvulsiva (ECT) é amplamente reconhecida como um tratamento eficaz para catatonia em populações psiquiátricas. No entanto, sua aplicação em crianças enfrenta hesitação devido à escassez de evidências, preocupações sobre o impacto cognitivo e restrições legais em alguns estados.

Um estudo de caso recente acompanhou uma menina de 5 anos diagnosticada com NMDARE que permaneceu em estado catatônico por oito meses, mesmo após tratamento com diversos agentes imunoterapêuticos e altas doses de lorazepam. Surpreendentemente, a introdução da ECT resultou em uma melhora significativa e eventual resolução da catatonia. A resposta positiva precedeu a administração de imunoterapia adicional, sugerindo que a ECT teve um impacto causal. Em um período de três meses após o início da ECT, a paciente recuperou níveis de função motora e cognitiva próximos aos anteriores à doença. Este caso sugere que a ECT pode ser uma ferramenta valiosa como tratamento sintomático para catatonia em pacientes com NMDARE, complementando a imunoterapia.

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