Alzheimer: Desvendando a Relação Entre Biomarcadores no Sangue e Desempenho Cognitivo
A busca por métodos de diagnóstico e tratamento mais eficazes para a Doença de Alzheimer (DA) tem levado pesquisadores a investigar a fundo a relação entre o desempenho cognitivo e os biomarcadores presentes no sangue. Um estudo recente explorou essa conexão em idosos com comprometimento cognitivo, buscando entender como o Amyloid Probability Score (APS), um teste sanguíneo que avalia a probabilidade de presença de amiloide no cérebro, se relaciona com o desempenho em testes cognitivos.
O estudo envolveu a análise de idosos com idade igual ou superior a 60 anos, que apresentavam resultados entre 10 e 27 no Mini-Exame do Estado Mental (MMSE), um teste comum para avaliar o estado cognitivo. Os participantes foram submetidos a uma bateria de testes cognitivos, a Cogstate Brief Battery (CBB), e também tiveram amostras de sangue coletadas para o cálculo do APS. Os resultados mostraram uma correlação entre o MMSE e funções psicomotoras e de atenção. Um achado interessante foi que níveis mais elevados de APS foram observados em participantes que não conseguiram completar o teste One Card Learning (OCL), que avalia o aprendizado visual e a memória de curto prazo.
Além disso, o estudo desenvolveu um modelo para prever um alto APS, combinando informações sobre a conclusão do teste OCL, o resultado do MMSE e o nível de escolaridade dos participantes. Esse modelo alcançou uma precisão de 80,8% em participantes com MMSE inferior a 21, o que sugere um comprometimento cognitivo moderado a grave. Esses achados apontam para a importância de considerar a capacidade de completar testes cognitivos, como o CBB, em idosos com comprometimento cognitivo. A relação entre o APS e o desempenho em testes de aprendizado visual e memória de curto prazo, combinada com a avaliação cognitiva global e o nível de escolaridade, pode ser uma ferramenta valiosa para identificar indivíduos com maior probabilidade de apresentar altos níveis de amiloide no cérebro, um marcador característico da Doença de Alzheimer. Essa pesquisa abre caminhos para abordagens de diagnóstico mais precisas e personalizadas, que podem levar a intervenções mais precoces e eficazes para retardar a progressão da doença.
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