Saúde Desvendada

A telereabilitação, ou reabilitação remota, surge como uma alternativa eficaz e promissora para pacientes que se recuperam de cirurgias torácicas. Um estudo recente investigou os benefícios dessa modalidade, particularmente em cenários onde o acesso à reabilitação tradicional pode ser limitado, como durante pandemias ou períodos de isolamento.

A pesquisa acompanhou pacientes submetidos a cirurgia torácica devido a câncer de pulmão de células não pequenas (estágios 1A-3B). Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de telereabilitação (TG), que participou de um programa de exercícios supervisionado por um fisioterapeuta por meio de teleconferência, e um grupo de controle (CG), que recebeu apenas uma sessão de exercícios pré-operatória e um folheto informativo. Os resultados mostraram que o grupo TG apresentou níveis significativamente menores de dor e fadiga em comparação com o grupo CG. Embora não tenham sido observadas diferenças significativas em outros resultados, como tempo de internação na UTI ou tempo total de internação hospitalar, a redução da dor e da fadiga já representa um avanço importante na recuperação dos pacientes.

A telereabilitação oferece diversas vantagens, como a conveniência de realizar os exercícios em casa, a possibilidade de acompanhamento individualizado por um profissional e a redução dos custos com deslocamento. Além disso, essa abordagem pode ser especialmente útil para pacientes que vivem em áreas remotas ou que têm dificuldade de locomoção. A adesão do paciente é crucial para o sucesso da telereabilitação. Este estudo demonstra que, com o acompanhamento adequado, a telereabilitação pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida de pacientes submetidos a cirurgias torácicas, aliviando o desconforto e acelerando o processo de recuperação. É importante ressaltar que mais pesquisas são necessárias para otimizar os protocolos de telereabilitação e avaliar seus benefícios a longo prazo.

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