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A reabilitação motora em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta desafios únicos, e a busca por abordagens inovadoras é constante. Um estudo recente investigou a eficácia do MazeOut, um jogo sério adaptativo projetado para auxiliar na reabilitação motora, comparando o desempenho e usabilidade entre participantes com TEA e um grupo de desenvolvimento típico (DT).

A pesquisa envolveu 30 participantes, com idades variando entre 8 e 40 anos, divididos igualmente entre os grupos TEA e DT. Os participantes foram submetidos a intervenções adaptativas e não adaptativas do jogo em ordem aleatória, permitindo comparações intra e intergrupos. O desempenho foi avaliado com base em pontuações gerais, considerando a velocidade de navegação no labirinto e a coleta de moedas. A usabilidade foi medida através da Escala de Usabilidade do Sistema (SUS). Os resultados revelaram que o grupo DT obteve um desempenho superior ao grupo TEA em todas as condições, indicando diferenças nas habilidades motoras e cognitivas entre os grupos. No entanto, um achado importante foi que ambos os grupos apresentaram um desempenho significativamente melhor quando a intervenção adaptativa foi introduzida primeiro. Isso sugere que a adaptação do jogo facilita o aprendizado inicial da tarefa, proporcionando um ponto de partida mais acessível e engajador.

Curiosamente, os participantes com TEA relataram uma usabilidade ligeiramente maior do jogo (SUS médio = 77,2) em comparação com os participantes DT (74,6), com as pontuações mais altas observadas entre os usuários mais jovens. Isso pode indicar que os jogos sérios adaptativos são particularmente eficazes e bem recebidos por crianças e adolescentes com TEA, tornando-os uma ferramenta promissora para intervenções terapêuticas. O estudo conclui que jogos sérios adaptativos podem aprimorar o desempenho motor, especialmente em indivíduos com TEA, e que a exposição precoce a esses jogos pode otimizar ainda mais os resultados. Embora esses resultados sejam promissores, os autores enfatizam a necessidade de estudos futuros com amostras maiores e intervenções mais longas para avaliar os benefícios a longo prazo e determinar a melhor forma de integrar esses jogos na prática clínica.

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