Saúde Desvendada

A pandemia da COVID-19 trouxe desafios significativos para a saúde mental de diversos profissionais, e os trabalhadores da limpeza hospitalar não foram exceção. Expostos a um ambiente de alto risco e grande pressão, muitos enfrentaram níveis elevados de ansiedade. Um estudo recente investigou a eficácia de diferentes intervenções fisioterapêuticas para mitigar esse problema.

O estudo avaliou duas abordagens principais: a estimulação nervosa vagal auricular transcutânea (tVNS) e técnicas de relaxamento. A tVNS é uma forma não invasiva de estimulação que busca modular o sistema nervoso autônomo, que desempenha um papel importante na regulação do humor e da resposta ao estresse. As técnicas de relaxamento, por sua vez, incluíram o Bhramari Pranayama (uma técnica de respiração yogue) e a Técnica de Relaxamento de Jacobson, que envolve o tensionamento e relaxamento progressivo de diferentes grupos musculares.

Os resultados mostraram que ambas as intervenções foram eficazes na redução da ansiedade e dos níveis de cortisol (um hormônio relacionado ao estresse) nos participantes. No entanto, a tVNS demonstrou um impacto mais significativo, com reduções maiores nos escores de ansiedade e nos níveis de cortisol em comparação com as técnicas de relaxamento. Isso sugere que a estimulação nervosa vagal auricular transcutânea pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar os profissionais da limpeza hospitalar a lidar com o estresse e a ansiedade decorrentes de situações desafiadoras como a pandemia. Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses achados e explorar o potencial da tVNS em outros contextos de saúde mental. É fundamental que estratégias de apoio à saúde mental sejam implementadas para proteger o bem-estar desses trabalhadores essenciais.

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