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A terapia eletroconvulsiva (ECT) é um tratamento eficaz para diversas condições psiquiátricas, especialmente em pacientes idosos. No entanto, um efeito adverso que merece atenção é o delirium pós-ictal (DPI), um estado de confusão mental que pode ocorrer após as sessões de ECT. Uma pesquisa recente investigou os fatores de risco para o desenvolvimento de DPI em pacientes geriátricos submetidos à ECT, com foco especial no uso de dois medicamentos comuns: lítio e quetiapina.

O estudo, conduzido na China, analisou dados de 168 pacientes idosos que receberam ECT entre 2009 e 2020. Os resultados revelaram que o uso de lítio e quetiapina está significativamente associado a um aumento no risco de DPI. Especificamente, os pacientes que utilizavam lítio apresentaram um risco 5 vezes maior de desenvolver DPI, enquanto aqueles que usavam quetiapina tiveram um risco 2,5 vezes maior. Esses achados destacam a importância de monitorar cuidadosamente pacientes geriátricos em uso dessas medicações que serão submetidos a ECT.

Essas descobertas enfatizam a necessidade de uma avaliação clínica rigorosa ao planejar o tratamento com ECT em idosos, particularmente naqueles que já estão utilizando lítio ou quetiapina. A vigilância é crucial para minimizar as complicações pós-ictais e otimizar os resultados terapêuticos. A consideração atenta do perfil medicamentoso do paciente pode contribuir para uma abordagem mais segura e eficaz da ECT, promovendo o bem-estar e a recuperação dos pacientes geriátricos.

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