Saúde Desvendada

Tratamentos dermatológicos que utilizam dispositivos baseados em energia, como a radiofrequência microagulhada (RFMN), são cada vez mais populares para melhorar a aparência da pele envelhecida. No entanto, esses procedimentos podem vir acompanhados de um período de recuperação prolongado, marcado por dor, vermelhidão (eritema), inchaço (edema) e manchas roxas (púrpura). Esses efeitos colaterais frequentemente limitam a disposição dos pacientes em se submeterem a tais intervenções.

Um estudo recente investigou a segurança e eficácia de um peptídeo derivado da Angiopoietina-1, denominado peptídeo QHREDGS (Q-peptídeo), em formulações de hidrogel e pomada, comparado a um controle sem peptídeo. O objetivo era avaliar se o Q-peptídeo poderia acelerar a cicatrização e aumentar a satisfação dos pacientes após o tratamento com RFMN. Os resultados mostraram que o regime com Q-peptídeo foi significativamente preferido tanto por médicos quanto por pacientes, apresentando uma melhora notável na aparência e sensação da pele já nos primeiros dias após o procedimento. A análise de imagens também confirmou uma redução de duas vezes na presença de edema, eritema e púrpura no lado do rosto tratado com o Q-peptídeo.

O estudo, que envolveu uma abordagem randomizada, duplo-cega e com divisão facial, demonstrou que o Q-peptídeo não apenas promove uma recuperação mais rápida, mas também melhora a qualidade da pele. Após uma semana, os pacientes expressaram forte preferência pelo Q-peptídeo, indicando a intenção de continuar utilizando-o e recomendando-o a outros. Importante destacar que nenhum evento adverso foi relatado durante o estudo. Em conclusão, o regime com Q-peptídeo se mostrou eficaz e bem tolerado após o tratamento com RFMN, ressaltando seu potencial para regeneração da pele e uso dermatológico pós-procedimento. Esse achado abre novas perspectivas para minimizar os efeitos colaterais e otimizar os resultados de tratamentos dermatológicos avançados.

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