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Estudos recentes têm demonstrado que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode se manifestar de maneira diferente em homens e mulheres, levantando questões importantes sobre a prevalência e o diagnóstico do transtorno. Uma nova pesquisa, publicada na revista Genes, Brain and Behavior, investigou as características comportamentais específicas de fêmeas em um modelo animal de TEA, buscando compreender melhor essas diferenças.

O estudo utilizou camundongos fêmeas com haploinsuficiência do gene Scn2a (Scn2a+/-), um modelo conhecido para o estudo do TEA. Variações genéticas nesse gene, que codifica o canal de sódio NaV1.2, estão fortemente associadas a distúrbios do neurodesenvolvimento, epilepsia e ao próprio TEA. Os pesquisadores observaram que as fêmeas Scn2a+/- apresentaram um fenótipo mais leve em comparação com os machos, exibindo comportamentos como maior propensão a correr riscos na juventude, hiper-reatividade a estímulos frios e leves déficits de memória na idade adulta. Curiosamente, também demonstraram sociabilidade anormalmente aumentada e comportamentos de tomada de decisão alterados, tanto na fase juvenil quanto na adulta.

Esses resultados sugerem que o TEA pode se manifestar de forma distinta em fêmeas, o que pode explicar a prevalência aparentemente menor do transtorno nesse grupo. As diferenças observadas podem estar relacionadas a mecanismos fisiopatológicos subjacentes específicos do sexo. A pesquisa enfatiza a importância de incluir ambos os sexos em estudos futuros sobre modelos animais de TEA, a fim de obter uma compreensão mais completa da complexidade do transtorno e desenvolver estratégias de diagnóstico e tratamento mais eficazes e personalizadas. Compreender essas nuances é crucial para garantir que as mulheres com TEA recebam o apoio e a atenção adequados.

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