Modelo Denver de Início Precoce: Aumentando as Chances de Sucesso em Intervenções para Autismo
Intervenções precoces para crianças com autismo são cruciais para melhorar seu desenvolvimento. Com o avanço das abordagens baseadas em evidências, surge a necessidade de compreender como diferentes intervenções podem beneficiar crianças com características distintas. Um estudo recente investigou a probabilidade de sucesso do Modelo Denver de Início Precoce (ESDM) em comparação com intervenções comunitárias usuais, analisando dados de um ensaio clínico randomizado.
O estudo acompanhou 85 crianças com autismo, divididas em dois grupos: um recebendo o ESDM, aplicado por profissionais de uma universidade, e outro recebendo o tratamento comunitário padrão. Após 24 meses, avaliou-se a mudança no comportamento social e comunicativo das crianças, bem como a presença de comportamentos repetitivos. Os resultados indicaram que 73% das crianças no grupo ESDM apresentaram melhorias significativas, em comparação com 57% no grupo de intervenção comunitária.
Uma análise mais aprofundada revelou que a probabilidade de sucesso na intervenção comunitária variava de acordo com as características da criança. Crianças com atrasos cognitivos mais acentuados e maior gravidade do autismo apresentaram menor probabilidade de melhora nesse grupo. No entanto, essa relação não foi observada no grupo ESDM, sugerindo que o modelo pode ser mais eficaz para crianças com essas características. Os resultados reforçam a importância de considerar a variabilidade individual na resposta às intervenções e a necessidade de analisar os resultados tanto em nível de grupo quanto individual para otimizar o tratamento e maximizar os benefícios para cada criança.
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