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A coexistência de transtornos do neurodesenvolvimento (TNDs), como o autismo e o TDAH, com problemas de saúde mental internalizantes, como ansiedade e depressão, é um cenário comum que exige atenção. Um aspecto crucial nesse contexto é a autorregulação, um processo que engloba o controle comportamental, cognitivo e emocional, e que se mostra intimamente ligado tanto aos transtornos internalizantes quanto aos TNDs.

Um estudo recente investigou as habilidades de autorregulação em jovens com TNDs, comparando aqueles que apresentavam apenas o transtorno do neurodesenvolvimento (monodiagnóstico) com aqueles que também sofriam de ansiedade ou depressão (coocorrência). A pesquisa envolveu 164 participantes com idades entre 6 e 17 anos, submetidos a uma avaliação completa em uma clínica comunitária. Os pais ou responsáveis responderam a questionários detalhados sobre a capacidade de autorregulação de seus filhos.

Os resultados revelaram que jovens com TNDs, independentemente da presença concomitante de ansiedade ou depressão, apresentavam significativamente mais dificuldades na autorregulação comportamental, cognitiva e geral em comparação com aqueles que tinham apenas transtornos internalizantes ou que não apresentavam nenhum dos quadros. A autorregulação emocional também se mostrou mais desafiadora nos grupos com TNDs (com e sem coocorrência) em relação ao grupo controle. Estes achados enfatizam a importância de intervenções direcionadas ao desenvolvimento da autorregulação em crianças e adolescentes neurodivergentes, visando promover um melhor bem-estar e qualidade de vida. A pesquisa sugere que a presença de ansiedade e/ou depressão não necessariamente agrava as dificuldades de autorregulação nesses casos, mas sim que o foco deve ser no tratamento integral do TND.

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