Telemedicina: Avaliação Remota de Equilíbrio e Marcha em Pacientes com Parkinson
A doença de Parkinson (DP) afeta a mobilidade e o equilíbrio, dificultando a locomoção e aumentando o risco de quedas. O acesso a profissionais de saúde especializados em reabilitação motora pode ser um desafio para pacientes com DP, especialmente para aqueles que vivem em áreas rurais ou têm dificuldades de locomoção. Nesse contexto, a telemedicina surge como uma alternativa promissora para o acompanhamento e avaliação desses pacientes.
Um estudo recente investigou a confiabilidade da avaliação remota do equilíbrio e da marcha em pessoas com DP leve a moderada. Os pesquisadores utilizaram videoconferência para realizar testes que avaliam a capacidade de manter o equilíbrio, a velocidade da marcha e a coordenação motora. Os resultados indicaram que alguns itens de escalas de avaliação bem estabelecidas, como a Escala de Equilíbrio de Berg (BBS) e o Dynamic Gait Index (DGI), podem ser utilizados de forma confiável por meio da telemedicina. Especificamente, tarefas como girar 360°, o desempenho ao pisar, o giro de pivô e o teste Timed-Up-And-Go (TUG) de dupla tarefa demonstraram validade na avaliação remota do risco de quedas.
Essas descobertas abrem novas perspectivas para o acompanhamento de pacientes com DP. A telemedicina pode permitir que clínicos avaliem o equilíbrio e a marcha de pacientes que enfrentam barreiras geográficas ou físicas para acessar os serviços de saúde. Isso pode facilitar o monitoramento da progressão da doença, a detecção precoce de alterações no equilíbrio e na marcha, e o ajuste do plano de tratamento de forma mais rápida e eficaz. A avaliação remota, portanto, representa uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida e a segurança de pessoas com Parkinson, permitindo um acompanhamento mais regular e personalizado, mesmo à distância.
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