Estimulação Elétrica Funcional: Uma Nova Esperança na Reabilitação Pós-AVC
O acidente vascular cerebral (AVC) pode resultar em diversas sequelas, sendo a “pé caída” (foot drop), um distúrbio da marcha, uma das mais comuns. Essa condição dificulta a elevação do pé durante a caminhada, impactando significativamente a qualidade de vida. A Estimulação Elétrica Funcional (EEF) surge como uma ferramenta promissora para auxiliar na recuperação neuromuscular nesses casos.
Um estudo recente investigou os efeitos da EEF integrada à neuroreabilitação convencional em pacientes com AVC e “pé caída”. Vinte e oito pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um recebeu treinamento de marcha com EEF, enquanto o outro seguiu a reabilitação convencional. Ambos os grupos participaram de 12 sessões de treinamento, distribuídas em três sessões por semana, ao longo de quatro semanas. Os pesquisadores avaliaram o progresso dos pacientes através de testes como o Índice de Mobilidade de Rivermead (RMI), o Índice de Barthel Modificado (MBI), o Teste de Caminhada de Dois Minutos (2MWT) e o Teste de Caminhada Cronometrada de 25 pés (T25).
Os resultados mostraram melhorias significativas em ambos os grupos após a intervenção, indicando que tanto a EEF combinada com a reabilitação convencional quanto a reabilitação convencional isolada foram eficazes. Embora não tenham sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos, a pesquisa sugere que a Estimulação Elétrica Funcional, quando combinada com a reabilitação tradicional, se apresenta como uma abordagem segura e eficaz para a reabilitação de pacientes que sofreram um AVC. Estudos futuros com amostras maiores e protocolos mais específicos poderão elucidar ainda mais os benefícios da EEF na recuperação da marcha e na melhora da qualidade de vida desses pacientes.
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