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A hemorragia intraventricular (HIV), uma condição grave que afeta recém-nascidos, especialmente os prematuros, continua a desafiar a comunidade médica. Um estudo recente investigou a segurança e eficácia da lavagem neuroendoscópica (LNE) como uma abordagem promissora para o tratamento dessa condição delicada.

A pesquisa, conduzida entre 2011 e 2023, analisou os resultados de 44 pacientes submetidos à LNE após hemorragia da matriz germinativa. Os resultados indicaram que a LNE é um procedimento seguro, com um perfil de complicações aceitável. As complicações mais comuns incluíram vazamento de líquido cefalorraquidiano (LCR) e infecções, notavelmente associadas ao uso de um dispositivo de acesso ventricular (DAV). O estudo também demonstrou que a LNE reduziu significativamente a contagem de células vermelhas do sangue e o nível de proteína no LCR.

Um achado particularmente interessante foi a possível redução da dependência de derivação ventriculoperitoneal (DVP) após a LNE. A DVP é um procedimento cirúrgico para drenar o excesso de líquido cefalorraquidiano do cérebro. O estudo sugere que a LNE, especialmente quando realizada em uma idade corrigida mais jovem, pode diminuir a necessidade de DVP. Embora mais da metade dos pacientes (59,1%) ainda necessitassem de DVP, a análise multivariada revelou que a realização da LNE em uma idade corrigida mais precoce foi um preditor significativo de independência da DVP. Esses resultados promissores apontam para a necessidade de mais pesquisas para refinar a técnica e otimizar o momento ideal para a intervenção, visando melhorar os resultados para recém-nascidos com HIV.

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