Rugby no Brasil: Estudo Aponta Estratégias para Reduzir Lesões
O rugby é um esporte de alto impacto, e o risco de lesões é uma preocupação constante, especialmente em contextos onde a preparação física estruturada pode ser limitada. Um estudo recente investigou a epidemiologia das lesões no rugby brasileiro, buscando identificar padrões e fatores de risco que possam auxiliar no desenvolvimento de estratégias de prevenção mais eficazes.
A pesquisa, realizada entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024, envolveu a aplicação de questionários digitais a 236 jogadores de rugby no Brasil. Os dados coletados incluíram informações demográficas, histórico de participação esportiva e detalhes sobre lesões sofridas em 2022 e 2023. Os resultados revelaram que a maioria das lesões ocorre durante as partidas (73,3%) e está relacionada a contato físico (82,1%). As regiões do corpo mais afetadas são o ombro/clavícula e o joelho. Os tipos de lesão mais comuns foram as lesões ligamentares (27,3%), luxações (15,3%) e fraturas (16,4%).
Uma descoberta interessante foi a diferença nos padrões de lesão entre jogadores do sexo masculino e feminino. As jogadoras apresentaram uma proporção maior de lesões decorrentes de mecanismos não relacionados ao contato. Além disso, o estudo identificou associações significativas entre a ocorrência de lesões e fatores como sexo, modalidade de jogo, tipo de lesão e tempo de recuperação. Esses achados reforçam a importância de intervenções de força e condicionamento físico personalizadas, com foco na prevenção de lesões e na preparação atlética. Tais programas devem abordar as demandas específicas do esporte, promover a resiliência neuromuscular e ser acessíveis em todos os níveis competitivos para melhorar o desempenho e minimizar os contratempos relacionados a lesões.
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